sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um jogo para ser lembrado - dois anos de uma goleada histórica

Convido você a esquecer aqueles 11 a 0 e a lembrar de outro momento histórico para o nosso futebol: o dia em que o Galo da Chapada atropelou o Moto Clube, três dias antes do jogo em Viana, mas que quase ninguém se lembra. Foi um sonoro 4 a 1, que calou a imprensa da capital, que só falava em goleada do Moto sobre o Chapadinha.
Nesta sexta, dia 7 de outubro de 2011, aquela histórica goleada do Galo sobre o Papão completa dois anos.
Vamos lá:
Quando o Chapadinha perdeu para o Viana por 11 a 0, a imprensa de São Luis tratou logo de maximizar o lado negro da coisa. Digo, o lado azul da coisa, já que Chapadinha e Viana usam azul nos uniformes. O lado fedido do que envolveu o outro jogo, entre Moto e Santa Quitéria, quase ninguém enfatizou.
Espalharam a notícia para o Brasil e o mundo, de que os times do interior fizeram uma armação para tirar o Moto. Mas da armação de São Luis, entre Moto e Santa Quitéria nada, ou quase nada foi dito. O Santa Quitéria começou jogando com o prefeito da cidade, um homem de seus 50 anos de idade, no time titular. Isso era um jogo decisivo ou uma brincadeira¿
E os quase 20 minutos de atraso para o Moto entrar em campo¿ E os três pênaltis a favor do Moto nos 5 minutos finais do primeiro tempo¿
Toda ação provoca uma reação. O jogo em Viana tava 'pegado'. Quase dava briga entre jogadores durante o primeiro tempo. Mas ao saberem do que ocorria em São Luis, as coisas mudaram lá na Baixada. Achei até um exagero o que ocorreu. Mas a história queria que fosse assim. Pois só dessa maneira este acontecimento alcançaria tamanha repercussão.
O que ninguém levou em conta nesse embroglio todo  foram os 4 a 1 que o Chapadinha sapecou 3 dias antes no Moto Clube, em Chapadinha. Uma prova de que o time não era fraco, como muito disseram. Com essa goleada sofrida, o Moto precisaria meter pelo menos 6 gols no Santa Quitéria e não sofrer nenhum, caso no jogo de Viana houvesse um vencedor. Por isso a maracutaia foi feita para que o Moto goleasse com facilidade o Santa Quitéria, que havia sido o campeão do primeiro turno. Vê se pode: o campeão do primeiro turno, teoricamente mais forte, sendo facilmente goleado por um time que acabara de ser goleado em Chapadinha. Sem fundamento.
Assim, para quem não sabe, o Chapadinha precisava apenas vencer o Viana por 1 a 0, que seria o campeão do segundo turno, pois seria quase impossível o Moto, em condições normais, golear a Raposa.
Estou fazendo esta apresentação, para que o leitor/torcedor entenda, mais ou menos, a atmosfera que cercou aquelas emblemáticas partidas em Viana e Sã Luis. Foi dali que surgiu o início da reviravolta pela qual o futebol do Maranhão está passando hoje, com investigações e possibilidade até de prisões, diante de acusações de corrupção e favorecimentos dentro da FMF.
Que esses fatos não se repitam, mas que tenham servido para retirar a lama que encobria nosso esporte favorito.

Releia abaixo a matéria sobre a vitória do Chapadinha em cima do Moto:


Galo, impiedoso, humilha o Moto: 4 x 1

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Com a goleada, o Galo assumiu a liderança e passou a lanterna para as mãos do Papão 
Chapadinha – Quarta-feira, 7 de outubro de 2009. Esta data, sem dúvida, garantiu um lugar especial na memória dos torcedores motenses e chapadinhenses para daqui a muitos anos. O Chapadinha aplicou uma sonora goleada, de 4 a 1, no Moto Club e, de quebra, voltou a sonhar com a volta para a primeira divisão do futebol maranhense em 2010.
E não é exagero dizer que 4 a 1 foi pouco. Não fossem, pelo menos 3 chances claras desperdiçadas pelos atacantes do Chapadinha a humilhação teria sido maior. Numa dessas chances, quando já estava 4 a 0, Arnaldo chutou cruzado e a bola passou por todo mundo, sobrando para Jean, há um metro do gol, sozinho, deixar a bola escapar e sair pela linha de fundo. Um luxo, perder um gol desses.
É bem verdade que o Moto também teve suas chances, mas esbarrou no inspirado goleiro André que fez duas belíssimas defesas. A mais bonita e difícil, aos 25 minutos, num chute fortíssimo, à queima roupa, de Didi Cearense. André foi lá no alto e fez uma defesa espetacular, desviando para escanteio. O goleiro foi muito aplaudido.
Foi, de fato, um jogo memorável para a torcida do Galo. Na metade do segundo tempo o grito de olé já embalava a partida. Nem o gol de honra do Moto, aos 36, diminuiu a empolgação da torcida. Aos 18 minutos, um minutos após Arnaldo fazer o quarto gol do Chapadinha, a torcida motense, disfarçadamente, começou a recolher as faixas que estavam penduradas no alambrado. Alguns foram para detrás do banco de reservas, achincalhar a vida do técnico Raimundinho Lopes.
Pelo lado do Galo, nem precisa dizer o tamanho da festa feita pelos torcedores que entraram em campo para comemorar a convincente vitória junto com os jogadores e comissão técnica. Um dos mais festejados era o técnico Jadílson que, pela segunda vez assumiu a equipe num momento difícil.
“Não foi só o técnico que mudou. Mudou também, a atitude dos jogadores”, disse Jadílson explicando aos repórteres as razões da vitória maiúscula. “Conversei muito com eles (jogadores). Além de mudar posicionamento de determinadas peças, pedi a eles que se concentrassem no jogo e deixassem de lado os problemas externos (salários atrasados). Agora podemos cobrar da diretoria com a cabeça erguida” concluiu Jadílson.

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